Nos últimos tempos, virou moda repetir, sem refletir, que o vice-governador Lucas Ribeiro seria o candidato natural ao governo, caso João Azevedo deixe o cargo em abril do próximo ano.
Mas é aí, meu amigo, onde mora o maior equívoco dessa história. Segurar a caneta, sentar na cadeira de governador, ocupar o gabinete mais poderoso da Paraíba… nada disso, por si só, transforma alguém em candidato natural. O peso da caneta não substitui o peso da história, da experiência, nem o aval popular construído ao longo de décadas.
Natural é quem carrega no currículo muito mais que um mandato eventual. Natural é quem soma, na biografia, entrega, legado e aprovação.
E, sejamos francos, não há na política paraibana alguém que reúna mais credenciais do que Cícero Lucena.
Não é natural que alguém que já foi governador da Paraíba se coloque novamente na disputa pelo Palácio da Redenção?
Não é natural que o prefeito da capital, gestor aprovado, reconhecido e elogiado até por adversários, sonhe mais alto?
Não é natural que alguém que governa, pela quarta vez, o maior colégio eleitoral do estado seja visto como nome natural ao governo?
Não é natural que um homem que já foi ministro da República, que já foi senador da Paraíba, seja considerado, hoje, a escolha mais coerente, mais sensata, mais preparada?
Ora, se isso não é natural, então o que é?
A verdade é que naturalidade não se compra, não se herda e muito menos se improvisa. Ela se conquista. E Cícero Lucena tem uma vida inteira dedicada à Paraíba, ao serviço público e à boa política.
Por isso, na minha visão, é preciso parar de vender a ilusão de que a caneta faz o candidato. Quem faz o candidato é a história. E Cícero, meu amigo… esse tem história de sobra para ser, sim, o candidato natural governador da Paraíba.
